Dias difíceis. Eles sempre chegam. Às vezes, nos atingem de forma individual, transformam nossa vida, exigem resiliência, coragem e equilíbrio. Outras vezes, atingem a coletividade. Trazem um sentimento de impotência. Nas duas situações, o processo é parecido. O desespero, a incredulidade, a busca por culpados e, finalmente, a retomada. Cada fase é fundamental. Precisa ser vivida, absorvida e resolvida, para que, então, sigamos em frente.
Vivemos dias desastrosos. Destruição, perda de vidas, exaustão. Mas há sempre o sentimento que nos sustenta, nos mantém de pé: a esperança, sempre ela! Existe a certeza de um novo dia, um novo caminho, uma nova vida nos esperando. É preciso coragem para encarar o desafio enorme que, às vezes, se apresenta. Mas a capacidade de adaptação e superação do ser humano é surpreendente. Além da solidariedade inerente a ele. Nosso instinto de sobrevivência se manifesta nos momentos de extrema crise, quando demonstramos força que nem imaginávamos possuir.
O certo é que a vida segue e precisamos seguir com ela. Ficam aqueles ensinamentos que conhecemos, mas às vezes esquecemos. Nossas riquezas não são materiais. O que realmente temos não pode ser contabilizado. E em momentos extremos, nos igualamos. Somos somente seres humanos, desvinculados de posses, num confronto doloroso com nossa essência. Quando não podemos ser medidos pelo ter, mas somente pelo ser, percebemos o quão frágeis somos e o quanto precisamos uns dos outros. A vida é feita de recomeços, de esperança, de resiliência. E vamos recomeçar!
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